Descrição - A malária, paludismo ou sezonismo é uma doença infecciosa aguda ou crónica causada por protozoários parasitas do gênero Plasmodium, transmitidos pela picada do mosquito do género Anopheles fêmea. É a principal parasitose tropical e uma das mais frequentes causas de morte em crianças nos países afectados.
Sintomas - A malária causada pelo protozoário P.falciparum caracteriza-se inicialmente por sintomas inespecíficos, como dores de cabeça, fadiga, febre e náuseas. Estes sintomas podem durar vários dias. Mais tarde, caracterizam-se por acessos periódicos de calafrios e febre intensos que coincidem com a destruição maciça de hemácias e com a descarga de substâncias imunogénicas tóxicas na corrente sanguínea ao fim de cada ciclo reprodutivo do parasita. Estas crises paroxísticas, mais frequentes ao cair da tarde, iniciam-se com subida da temperatura até 39-40 °C. São seguidas de palidez da pele e tremores violentos durante cerca de 15 minutos a uma hora. Depois cessam os tremores e seguem-se duas a seis horas de febre a 41 °C, terminando em vermelhidão da pele e suores abundantes. O doente sente-se perfeitamente bem depois, até à crise seguinte, dois a três dias depois.
Prevenção - Ainda não há uma vacina eficaz contra a malária, estando a prevenção centrada na acção dos repelentes e redes mosquiteiras que evitam as picadas de Anopheles.
Cura - A quinina (ou o seu isómero quinidina), um medicamento antigamente extraído da casca da Cinchona, é ainda usada no seu tratamento. No entanto, a maioria dos parasitas já é resistente às suas acções. Foi suplantada por drogas sintéticas mais eficientes, como quinacrina, cloroquina, e primaquina. É frequente serem usados cocktails (misturas) de vários destes fármacos, pois há parasitas resistentes a qualquer um deles por si só. Ultimamente a artemisinina, extraída de uma planta chinesa, tem dado resultados encorajadores. É o único fármaco antimalárico para o qual ainda não existem casos descritos de resistência, mas ainda não é produzida em quantidade suficiente. Em 2010 foi anunciado um fármaco que apresentou resultados relevantes em animais, o NITD609.
Distribuição da doença - Hoje em dia, a África é particularmente atingida, estando poupadas apenas o norte e a África do Sul. Na América existe em toda a região central (México) e norte da América do Sul, incluindo mais de metade do território do Brasil e ainda nas Caraíbas. Na Ásia está presente em todo o subcontinente indiano,Médio Oriente, Irão, Ásia central, Sudeste asiático, Indonésia, Filipinas e sul da China.
Dengue
Descrição - é causada pelo vírus da dengue, um arbovírus da família Flaviviridae, género Flavivírus. A transmissão faz-se pela picada da fêmea contaminada do mosquito Aedes aegypti ou Aedes albopictus. Provavelmente, o termo dengue é derivado da frase swahili "ki dengu pepo", que descreve ataques causados por maus espíritos.
Sintomas - Os sintomas iniciais são inespecíficos como febre alta (normalmente entre 38° e 40 °C) de início abrupto, mal-estar, anorexia (pouco apetite), cefaleias, dores musculares e nos olhos. No caso da hemorrágica, após a febre baixar pode provocar gengivorragias e epistáxis (sangramento do nariz), hemorragias internas e coagulação intravascular disseminada, com danos e enfartes em vários órgãos, que são potencialmente mortais. Ocorre frequentemente também hepatite e por vezes choque mortal devido às hemorragias abundantes para cavidades internas do corpo. Há ainda petéquias (manchas vermelhas na pele), e dores agudas das costas (origem do nome, doença “quebra-ossos”).
Prevenção - Ainda não há vacinas comercialmente disponíveis para a dengue, estando mais uma vez a prevenção baseada
Cura - é baseada na atenuação dos sintomas, usando medicamentos como o paracetamol, pelas suas propriedades analgésicas e antitérmicas
Distribuição da doença - Ásia, África, Brasil
Febre Amarela
Descrição - A febre amarela é uma doença infecciosa transmitida por mosquitos contaminados por um flavivirus. pode ser transmitida pelo mosquito Haemagogus janthinomys, Sabetes chloropterus, Aedes albopictus ou o Aedes aegypti, o mesmo que transmite a dengue.
Sintomas - Os sintomas iniciais são inespecíficos como febre, cansaço, mal-estar e dores de cabeça e musculares (principalmente no abdômen e na lombar). A febre amarela clássica caracteriza-se pela ocorrência de febre moderadamente elevada, náuseas, queda no ritmo cardíaco, prostração e vômito com sangue. A diarreia também surge por vezes. A maioria dos casos são assimptomáticos, manifestando-se com uma infecção é subclínica, mas pode se tornar grave e até fatal.Mais tarde e após a descida da febre, em 15% dos infectados, podem surgir sintomas mais graves, como novamente febre alta, diarreia de mau cheiro, convulsões e delírio, hemorragias internas e coagulação intravascular disseminada, com danos e enfartes em vários órgãos, que são potencialmente mortais. As hemorragias manifestam-se como sangramento do nariz e gengivas e equimoses (manchas azuis ou verdes de sangue coagulado na pele). Ocorre frequentemente também hepatite e por vezes choque mortal devido às hemorragias abundantes para cavidades internas do corpo. Há ainda hepatite grave com degeneração aguda do figado, provocando aumento da bilirrubina sanguínea e surgimento de icterícia (cor amarelada da pele, visível particularmente na conjunctiva, a parte branca dos olhos, e que é indicativa de problemas hepáticos).
Prevenção - através do combate ao mosquito e de vacinação. A vacina, com 95% de eficácia, tem validade de 10 anos.
Cura - A febre amarela é tratada sintomaticamente, ou seja, são administrados líquidos e transfusões de sangue ou apenas plaquetas caso sejam necessárias. A hemodiálise poderá ser necessária caso haja insuficiência renal.
Distribuição da doença - ocorre na América Central, na América do Sul e África
Doença de Lyme
Descrição - A doença de Lyme (ou borreliose de Lyme) é uma doença causada pela bactéria espiroqueta Borrelia burgdorferi. O vector da infecção é geralmente a picada de um carrapato da espécie Ixodes scapularis infectado.
Sintomas - Na pele ao redor da zona da picada surge o eritema migrante, mancha vermelha redonda que cresce até cerca de 5-50 centimetros de diâmetro, com clareamento da zona central. Sintomas adicionais são inchaço dos gânglios linfáticos locais, mal estar, fadiga, dores de cabeça, febre e calafrios, rigidez do pescoço e dores musculares e articulares que duram cerca de um mês. Os sintomas menos comuns incluem a lombalgia, náusea e vômito, dor de garganta, aumento de linfonodos e do baço. Embora a maioria dos sintomas surjam e desapareçam, a sensação de mal estar e a fadiga podem persistir por semanas.
Prevenção - evitar as carraças.
Cura - Apesar de todos os estágios da doença de Lyme responderem aos antibióticos, o tratamento precoce previne mais adequadamente as complicações. Nos estágios I ou II, os antibióticos amoxicilina, cefuroxima, eritromicina, doxiciclinaou macrolidio podem ser administrado pela via oral. Na doença avançada, grave ou persistente, são administrados antibióticos pela via intravenosa. Na fase III, utiliza-se ceftriaxona.
Distribuição da Doença - EUA, Europa (incluindo Portugal) e o norte da Ásia, incluindo Rússia, China, Japão e Austrália e Argentina.
Filaríase
Descrição - A filariose ou elefantíase é a doença causada pelos parasitas nematóides Wuchereria bancrofti, Brugia malayi e Brugia timori, comumente chamados filária, que se alojam nos vasos linfáticos, causando linfedema. Esta doença é também conhecida como elefantíase, devido ao aspecto do(s) membro(s) afetado(s) elefante do paciente com esta doença. As larvas são transmitidas pela picada dos mosquitos Culex, Mansonia ou Aedes, Anopheles .
Sintomas - prurido, febre, mal estar, tosse, asma, fadiga,exantemas, adenopatias (inchaço dos gânglios linfáticos) e com inchaços nos membros, escroto ou mamas. Por vezes causa inflamação dos testículos (orquite).A longo prazo, a presença de vários pares de adultos nos vasos linfáticos, com fibrosação e obstrução dos vasos .as pernas tornam-se grossas, dando um aspecto semelhante a patas de elefante, descrito como elefantíase.
Prevenção - fármacos e inseticidas. É útil usar roupas que cubram o máximo possível da pele, repelentes de insetos e dormir protegido com redes e evitar aguas paradas.
Cura - O antiparasítico usado é dietilcarbamazina (DEC) que elimina as microfilárias e o verme adulto. Pode-se recorrer a cirurgia reparadora em caso de elefantíase (fase crónica da doença).
Distribuição da Doença - África, Ásia tropical, Caraíbas e na América do Sul incluindo Brasil.
Leishmaniose
Descrição - A leishmaniose ou kala azar é uma doença crónica, de manifestação cutânea ou visceral, causada por protozoários flagelados do gênero Leishmania, da família dos Trypanosomatidae. As leishmania são protozoários parasitas de células fagocitárias de mamíferos, especialmente de macrófagos. É uma zoonose comum ao cão e ao homem.É transmitida ao homem pela picada de mosquitos flebotomíneos, que compreendem o gênero Lutzomyia e Phlebotomus.
Sintomas -Os sintomas mais comuns do kala azar são:
- Febre prolongada,
- Úlceras escuras na pele
- Aumento do baço (esplenomegalia),
- Aumento do fígado (hepatomegalia),
- Leucopenia,
- Anemia,
- Hipergamaglobulinemia,
- Tosse,
- Dor abdominal,
- Diarreia,
- Perda de peso e;
- caquexia.
Prevenção - redes ou repelentes de insectos, pela construção de moradias humanas a distância superior a 500 metros da mata silvestre e erradicação dos Phlebotomus/Lutzomyia. Existe vacina.
Cura - O tratamento humano é feito por administração de compostos de antimónio, pentamidina, marbofloxacino anfotericina ou miltefosina.
Distribuição da Doença - Esta doença está espalhada por 88 países, incluindo Portugal e Brasil.
Doença de Chagas
Descrição - A doença de Chagas, mal de Chagas ou chaguismo, também chamada tripanossomíase americana, é uma infecção causada pelo protozoário cinetoplástida flagelado Trypanosoma cruzi, e transmitida por insectos da família dos Reduvídeos (Reduviidae), pertencentes aos géneros Triatoma, Rhodnius e Panstrongylus.
sIntomas - Nos primeiros anos, na fase aguda, os sintomas são geralmente lentos, pouco mais do que inchaço nos locais de infecção. À medida que a doença progride, durante até cinquenta anos, os sintomas tornam-se crônicos e graves, tais como insuficiência cardíaca e desordens do sistema digestivo. Se não tratada, a doença crônica é muitas vezes fatal. sintomas da fase aguda:
- Febre;
- Mal-estar;
- inflamação e dor nos gânglios linfáticos;
- Vermelhidão;
- Sinal de Romaña (inchaço nos olhos);
- aumento do fígado e do baço e;
- Problemas cardíacos.
Prevenção - baseia-se na eliminação do vector. Ainda não há vacina para a prevenção da doença
cura - Na fase inicial aguda, a administração de fármacos como nifurtimox, alopurinol e Benzonidazol curam completamente ou diminuem a probabilidade de cronicidade em mais de 80% dos casos.
Distribuição da doença - América central e do sul
West Nile Virus
Descrição - West Nile virus (WNV) é um virus da familia Flaviviridae. É transmitido por mosquitos do género Culex, em climas ou estações quentes ou por pássaros que servem de reservatório para o vírus.
Sintomas - Aproximadamente 80% das pessoas que são infectadas com o vírus do Oeste do Nilo não apresentam qualquer sintoma. Todavia, o vírus do Oeste do Nilo pode afectar o sistema nervoso central. Os sintomas severos podem incluir febre alta, dor de cabeça, rigidez do pescoço,torpor, desorientação, coma, tremores, convulsões, fraqueza muscular, perda de visão, entorpecimento e paralisia. Estes sintomas podem durar várias semanas e os efeitos neurológicos podem ser permanentes.
Prevenção - A maneira mais fácil e melhor para evitar o Vírus do Oeste do Nilo é prevenindo as picadas de mosquito
Cura - Não há um tratamento específico para a infecção por vírus do Oeste do Nilo
Distribuição da Doença - Existe endemicamente em África, incluindo Uganda, onde nasce o rio Nilo, e Ásia tropical ou mediterrânica. Surgiu em 1999 nos EUA. Em Portugal, surgiu pela primeira vez no Algarve, no ano de 2004.
sites: in wikipedia
Sem comentários:
Enviar um comentário